[Pré-venda] COMPOSITORES(AS) CRÍTICOS(AS) DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA: história, educação e cultura

Marcos Raddi

Preço normal R$ 50,60

[O LIVRO CHEGA EM 27/05 NA EDITORA]

Empenhado em dar voz a uma galeria de “compositores-trabalhadores” cuja obra se constrói a partir das suas experiências de classe, Marcos Raddi acertou em cheio na escolha do(s) protagonista(s) deste estudo. Evocando o Trio Calafrio, composto por Barbeirinho do Jacarezinho, Luiz Grande e Marquinhos Diniz, o pesquisador inscreveu no universo acadêmico três sambistas que sempre gozaram de enorme prestígio entre seus pares, compondo sambas memoráveis, como “Caviar” e “Jeton”, gravados pelo grupo e por bambas do naipe de Bezerra da Silva e Zeca Pagodinho.
No país de Chico Buarque, Caetano, Gil e Gonzaguinha, os três são associados pelo autor a uma galeria que se abre com Noel Rosa e segue com Wilson Baptista, Geraldo Pereira, Nelson Sargento, D. Ivone Lara, Zé Kéti, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, João Nogueira & Paulo César Pinheiro, além de Leci Brandão, Aluísio Machado, Beto Sem Braço& Cia. Assim, ele nos adverte que a Academia precisa ouvir as vozes” dos(as) poetas populares, sobretudo os(as) oriundos da classe trabalhadora. Uma tarefa ainda mais relevante nestes obscuros tempos neoliberais e irracionais de ataques à ciência, à educação e ao conhecimento (em especial os saberes fundados sob uma perspectiva crítica, de transformação social).
Se não bastasse, Marcos retoma ainda o velho mote da música como um elemento definidor da identidade nacional, sem ignorar o muro erguido entre a cultura letrada e a oral pela burguesia de Bruzundanga, que despreza a oralidade musicada, elemento decisivo para a formação da difusa e fraturada cultura nacional. Nada, porém, embota o brilho da sua categoria dos “compositores críticos”, que povoam todos os gêneros musicais populares e se afirmam como cronistas agudos das contradições e injustiças do cotidiano – sempre por meio de um diálogo franco e direto com a realidade dos(as) ouvintes. Axé, Raddi! - Prof. Dr. Luiz Ricardo Leitão (Supervisor editorial do Acervo do Samba UERJ)

 

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Sumário

Prefácio | Luciana Requião

Introdução

Capítulo 1 | “Mora na Filosofia”: fundamentos sobre cultura, trabalho e educação
1.1 As contribuições de Gramsci: os “compositores críticos” como filósofos/intelectuais
1.2 As contribuições de Raymond Wiliams: cultura e hegemonia
1.3 As contribuições de E. P. Thompson: história vista de baixo, agência humana, cultura, classe, luta de classes, consciência de classe e experiência

Capítulo 2 | “Meu Samba é Casa de Marimbondo”: história, sociedade, educação e música popular
2.1 História, sociedade brasileira e música popular
2.2 “Veneno é com meu cavaquinho”: momentos da música popular como resistência

Capítulo 3 | O Ofício de Compositor(a) e os "Compositores Críticos"
3.1 Fazer-se compositor: disputas e polêmicas em torno da autoria. O Desenvolvimento de uma consciência profissional
3.2 Poetas, intelectuais, filósofos, historiadores, sociólogos e pedagogos: os(as) compositores(as) e a sua tradição intelectual e crítica
3.3 Rastreando os "compositores críticos": de Noel Rosa a Bia Ferreira

Capítulo 4 | "Ser Poeta é Difícil Demais": condições de vida e de trabalho do Trio Calafrio e a situação da classe trabalhadora
4.1 Os compositores do Trio Calafrio e a formação do grupo
4.2 Trabalho, educação e escola: "fazer-se" trabalhador da música
4.3 “Trabalho e não tenho nada / não saio do miserê”: crônicas do cotidiano - condições de vida e de trabalho
4.4 A voz dos compositores: entre calafrios, denúncias e anúncios

Conclusões | "Canto para denunciar o açoite, contra a tirania e para anunciar o dia"

Referências bibliográficas
Referências discográficas
Referências filmográficas
Entrevistas
Sites consultados
Sobre o autor

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Ano de lançamento: 2024
283 páginas
Tamanho: 16x23 cm
ISBN: 978-65-85404-38-9